Projeto Itinerante Ecoar

segunda-feira, 10 de abril de 2017

A chama está acesa

       Hoje, dia 10/04 eu venho falar com muita satisfação sobre o Ecoar. Esse projeto é mais que uma ideia de trabalho, ele é o que me move, que me impulsiona a construir um mundo melhor junto com as crianças. Só para contextualizar, a história é o seguinte: em abril de 2016 eu consegui o meu diploma de formação em Agroecologia. A minha grande empolgação com esse curso foi ter escrito cinco livros para crianças sobre temas da Agroecologia como resultado do Trabalho de Conclusão de Curso. Após o término dessa etapa, resolvi idealizar um projeto para levar estes livros e outras artes (música, circo, poesia) com o intuito de disseminar os conhecimentos agroecológicos para as crianças de escolas públicas, especialmente as escolas rurais. Depois de uns meses me organizando (ainda em Brasília) para sair com esse projeto, fiz pernas-de-pau recicladas para crianças e uma pra mim, coloquei uns instrumentos e umas coisas na mochila e vim para o Ceará para seguir esse sonho. Cheguei em Fortaleza dia 03 de Agosto de 2016, dias depois fui para o Ciclovida, que é um coletivo autogestionário situado no Assentamento Barra do Leme, interior de Pentecoste-CE. Foi lá que fiz a primeira ação do projeto na Escola Prof. Paulo Freire e mesmo com poucos recursos (que consegui através de um site de financiamento coletivo e até hoje sou muito grata à minha família e  a cada amiga(o) que me ajudaram nessa primeira etapa porque foi muito importante sentir esse apoio para continuar), deu certo na escola. Até hoje tenho um vínculo com a escola e vou retornar  para refazer um minhocário que dessa vez será suspenso por conta do ataque das formigas (pois agora a escola está com um certo recurso e a diretora me convidou). Enfim, depois de ver que no interior as escolas são muito precárias e os recursos escassos e que eu precisaria continuar o projeto, fui para a cidade de Fortaleza atrás de um apoio.
           Em Fortaleza foram muitas andanças, muitas buscas nas ONG's, Embrapa, escolas...e aí então conheci o Condomínio Espiritual Uirapuru e a proposta de trabalhar como voluntária numa agrofloresta e escrever (junto com o amigo Wilton) uma proposta de agrofloresta ecopedagógica para o Lar Santa Mônica, que é uma instituição que trabalha com meninas e adolescentes que foram vítimas de violência sexual. Escrevi o projeto, corri atrás, contei com o apoio e acréscimos importantíssimos para deixar o projeto pronto para o envio mas acontece que ainda não tinha aparecido financiador e eu precisava trabalhar para me manter no Ceará. Aí então, depois de percorrer vários espaços, receber propostas, propor mas ainda não ter fechado nada, eu fui ao Instituto Irmã Giuliana Galli, na comunidade da Serrinha-CE e meu projeto foi aceito. Como fiquei feliz com essa notícia, a ponto de quase não acreditar, depois de meses tentando e algumas vezes quase ter desistido, agora sinto a oportunidade de deixar essa chama acesa. E assim eu sigo.



            Testando a perna-de-pau de papelão que fiz no Espaço Imaginário, Samambaia - DF. Dias antes de viajar para o Ceará.



Construção do minhocário na Escola Prof. Paulo Freire, Assentamento Estrela D'alva, Pentecoste-CE.

Dinâmica da Árvore, músicas e brincadeiras sobre o tema trabalhado com as crianças na Escola Prof. Paulo Freire, Setembro de 2016.

 Contação de história com o livro de autoria "Maricota: quero comida, sombra e água fresca" na Escola Prof Paulo Freire.

Foto final com as crianças e professoras na Escola Prof. Paulo Freire, Setembro de 2016.

Treinamento de perna-de-pau na Escola Prof. Paulo Freire.

Sementes crioulas na agrofloresta do Caminho, Condomínio Espiritual Uirapuru, Fortaleza-CE. 

Dia de plantio na agrofloresta do Caminho, CEU-Fortaleza. Janeiro de 2017.


Após trabalho na agrofloresta, com sementes crioulas nas mãos e um sorriso no rosto.


Aula de minhocário para as adolescentes do Lar Santa Mônica, CEU - Fortaleza.

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